A Universidade se renova a todo instante. Os mestres das ciências, das técnicas, da filosofia e das artes sabem disso. A especialização alcançada ao longo dos últimos séculos resultou na demarcação bem sucedida da ciência, base de conhecimento e controle sobre o mundo, e na produção de gigantescos avanços tecnológicos, ao preço, no entanto, de uma profunda limitação na validação do pensamento complexo do humano frente ao mundo que nos integra. Impõe-se hoje ampliar este paradigma, permitindo-nos, à ciência contemporânea em seus sujeitos criativos, discernir os sistemas invisibilizados em decorrência das limitações de escala impostas pelas abordagens predominantemente disciplinares. Estas últimas ainda detêm uma aceitação hegemônica, calcada no fortalecimento de recursos de recompensa e aceitação pelos pares. Precisamos pluralizar e dar o devido suporte a diferentes modos de se fazer ciência, sob pena de não prepararmos suficientemente para superar os desafios asfixiantes, naturais e humanitários, que condenam a possibilidade de existência saudável do humano no globo.
A Universidade é o mais poderoso sistema de acesso do humano aos sistemas complexos, e suas ordens, ainda ignorados. Estamos convencidos, no HCTE, que o que identificamos como raízes metodológicas de pensamento e exercício científico inter/transdisciplinares provêm recursos para a tão necessária ampliação do alcance da ciência pela genialidade criativa interpretativa do humano, ampliação esta que deve dar-se em todas as suas dimensões, da teórica à experimental. Uma urgência contemporânea.
Bem-vind@s!